quinta-feira, 20 de maio de 2010

Upa,Upa CavalinhA


Não é cavalinho é cavalinhaA! não estou falando da fêmea do cavalinho, estou falando da planta cavalinha. Alguém já viu ou ouviu falar dessa plantinha tão bonita? Parece um bambuzinho, cheio de gomos, ela é lindinha, muito delicada e super fácil de cuidar.

Creio que a grande curiosidade em torno da Cavalinha é pelo fato dela ser uma planta pré-histórica, uma das mais antigas plantas do planeta, se vocês tiverem a oportunidade e assistir algum filme sobre essa época, poderão verificar que aparece a cavalinha em jardins, ou talvez na boca de algum dinossauro.
A cavalinha é tão antiga quanto às baratas, só que enquanto uma é uma belezinha a outra é um terror. Nojenta. Morte ás baratas. Vida ás Cavalinhas!
Para cultivar essa plantinha é super fácil, ela gosta de solos muito úmidos e argilosos e é super invasiva, você planta de um lado e em pouco tempo ela passa para o outro lado do jardim.
Sua reprodução é feita por esporos, como as samambaias (que também é uma planta do inicio dos tempos) e os cogumelos e também por divisão de touceira, separando os filhotes da planta mãe.
Se for plantar em vasos faça como eu, tampe os furos, assim a terra ficará bem encharcada e a cavalinha vai adorar.
Aqui na Flora as cavalinhas crescem em volta do lago, onde temos as plantas aquáticas e as rãs. Em casa eu a tenho num grande vaso.
A cavalinha pode ser usada tanto em decoração quanto na culinária, e além disso, é uma planta medicinal.

Se você pensou que é uma planta de 1001 utilidades, igual ao Bombril acertou! Ela também era usada na cozinha pelas donas de casa do século 19 para limpar e polir panelas, tudo isso graças a sua alta concentração de sílica (areia).
Você tem pedras nos rins, ou sua mãe, tia, irmão, é só tomar chá de cavalinha, que é bem melhor que chá de quebra pedras, pois o chá de quebra pedras, como diz o nome vai quebrar as pedras, já o chá de cavalinha, vai arranhar e desgastar as indesejáveis pedras, o que é melhor para a eliminação das mesmas pela urina.
Mas não é só de silício que vive uma cavalinha, ela possui também,
cálcio, ferro, magnésio, tanino e sódio, ufa! Santa cavalinha.
Outro poder medicinal é no combate a dor de cabeça, pois ela tem ácido acetilsalicílico que aqui pra gente é o mesmo que tem na famosa Aspirina, como se não bastasse é muito indicada para as mulheres que estão na menopausa, pois repõe no organismo, os minerais perdidos e os hormônios, combatendo assim a osteoporose. No inicio da minha menopausa, tomei muito chá de cavalinha e o resultado foi excelente.

Anotem a receita do chá de cavalinha:



Um punhado da erva fresca ou
½ punhado da erva seca
1 litro de água
Deixar ferver em fogo baixo por mais ou menos vinte minutos, deixe esfriar, coe e tome 3 xícaras ao dia, por no máximo, no máximo 15 dias, pois é uma planta tóxica e tudo que é em excesso pode causar problemas.

Como não podia faltar, a magia está presente na história da cavalinha. Diz a lenda, que o povo antigo construia suas flautas com as “folhas” da cavalinha para espantar serpentes e encantar o ser amado, ou seja, o som tinha dupla função.


Uma historinha particular, quando eu comecei a namorar o Cris, no nosso segundo encontro ele me levou ao jardim botânico de São Paulo, era uma linda tarde de sol, num dia de outono, durante o passeio ele cortou uma cavalinha e tirou um “som” pra mim, foi meio desafinado, mas fui encantada do mesmo jeito, depois de 2 meses estávamos casados.
Hoje ele ainda toca, mas acho que é pra espantar a víbora que há em mim, rsrs.

É verdade. (aqui quem escreve é o Cristiano), acho muito legal pegar um gomo de cavalinha e ir assobiando e cortando pedaços do gomo, a cada corte a nota muda, ficando mais aguda. A Helena esqueceu de mencionar quando falou do Ácido Acetil Salicílico, que ele é comum a muitas plantas que vivem no Brejo, no Pântano, pois estas plantas estão muito sujeitas á doenças por viverem em locais alagados e mais, o próprio nome do radical Salicílico, tem sua origem no nome de uma planta, o Salix babilônica, o popular Chorão das beiras de lagos.
Bem, podem observar, no último parágrafo dos escritos da Helena, ela se declarou uma víbora, não é á toa que ela gosta da Cavalinha, pois tanto essas plantas como as víboras vivem perto do brejo.

Voltei para deixar uns Beijos sabor Chá de Cavalinha com bolachas Bono, Aaaaaaaaaaaaah o Bono!

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